A seguinte notícia, publicada no JN de 26/01/2006, fez-me pensar... E cheguei à conclusão de que agora deve andar por aí muito gajo com BI's dos filhos na carteira, just in case. Dos filhos, dos sobrinhos, dos putos dos amigos, dos pirralhos dos vizinhos...
"Uma criança de apenas nove anos, residente numa localidade do concelho de Tábua, foi notificada pela Direcção-Geral de Viação de Vila Real a pagar uma multa por infracção a uma regra de Código da Estrada, cometida na cidade de Chaves, em Agosto do ano passado.
Acontece que quem cometeu a infracção foi o pai da criança.
E a multa já tinha sido paga.
O insólito caso teve origem num rol de enganos. O primeiro aconteceu logo na altura em que o pai da criança foi autuado pela PSP de Chaves, depois não ter respeitado um sinal de viragem obrigatória. Só que, por engano, para se identificar, em vez de apresentar o seu bilhete de identidade (BI), o infractor entregou ao agente o BI do filho.
Vai daí, e sem dar pelo engano, o agente passou o auto de contra-ordenação em nome do filho do infractor. Mas, já depois do documento preenchido, agente e infractor acabaram por dar conta do erro. Tentaram desfazê-lo, como manda a lei preenchendo outro, ao qual o mal preenchido iria anexado, com uma informação a dar conta do engano.
Mas a malfadada história do auto ainda não se ficou por aqui. "Por lapso", na DGV em Vila Real, para onde são mandadas as contra-ordenações, a informação que dava conta de que o primeiro auto tinha sido anulado acabou por desanexar-se do mesmo.
E assim levada por engano, a DGV acabou por notificar o autuado por engano a criança de nove anos.
«Tudo não passou de um engano e já está tudo resolvido!», desvaloriza o comissário da PSP de Chaves."
Continuo a afirmar que a realidade transcende a ficcção! Todos os dias! Várias vezes por dia!
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