Monografia, s. f. Dissertação ou trabalho escrito, que trata especialmente de determinado ponto da ciência, da história, da arte, da biografia de um só personagem, da geografia de um país determinado, etc.
Monografista, s. 2 gén. Autor ou autora de uma monografia.
Vem no dicionário.
Falamos dela desde o primeiro dia em que entramos na Faculdade.
Dia após dia, mês após mês, ano após ano, todos nos dizem o quão importante é fazer uma boa monografia. Todos nos tentam abrir perspectivas, dar ideias, ensinar as regras.
E no fim acabamos sempre por ficar à toa quando temos de fazer a nossa própria monografia.
É que a dos outros parece tão bonita, tão interessante, tão bem organizada e escrita...
A nossa monografia vai ser uma porcaria! Ninguém vai ler, ninguém se vai interessar, vai ficar feia, vai ter erros, vai...
Mas espera lá! E as horas de paleio que ouvimos sobre como fazer a monografia? E as páginas de livros que lemos sobre como conduzir o processo? Acabam por ser isso mesmo, paleio.
Porque quando chega à nossa vez de criar o que acaba por ser o nosso legado (escrito) para a Licenciatura, nenhuma teoria encaixa, tudo parece confuso, nada nos escorre da caneta para o papel ou dos dedos para o teclado.
Temos ideias, temos conhecimento, até temos gente a incentivar e dizer "É uma ideia interessante, de certeza que vais fazer um trabalho fantástico.", mas falta-nos qualquer coisa.
Demorei cerca de um ano a criar um documento de 82 páginas. Podia ter sido mais rápida? Podia. Devia ter sido mais rápida? Se calhar, devia. Ficou suficientemente bom? Não sei.
Penso que nunca me vou contentar com nada que faça. Vou querer sempre mais e melhor de mim própria. Vou duvidar de mim. Vou pensar "não consigo".
O que me fez demorar tanto tempo? Não tenho a certeza, mas talvez tenha sido o desejo de criar algo único.
Se o fiz ou não, só o tempo o dirá.
Neste momento, preciso de seguir em frente.
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