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18 dezembro 2006

Amores

Como sabeis, sou apreciadora de boa comédia. Sabeis também que tenho comediantes de estimação e de ódio. Ou talvez não sabeis disto. Talvez devesse parar de falar em "eis", pois torna o discurso um pouco ridículo. E parar com o "talvez".

Pronto!

Ontem fui ao Villaret ver a peça "Dois Amores", um original de Ray Cooney impecavelmente interpretado por um grupo de actores que, apesar de já não me surpreender muito, continua a arrancar-me umas valentes e sonoras gargalhadas.

Pois. Falo-vos destes dois (António Feio e José Pedro Gomes) e da sua pandilha, que inclui António Machado, Claudia Cadima, João Didelet, Joaquim Guerreiro, Maria Henrique e Martinho Silva.

É bom. É deveras bom. Fica no ouvido, no olho, na garganta arranhada pela torrente de risos e recuperações de fôlego. Eles fazem rir e fazem-nos um laçarote no cérebro com as mirabolantes histórias inventadas para desenrascar o bígamo apanhado por uma velhota e a sua mala de mão.

Recomendo a toda a gente, mesmo que, como eu, tenham de esperar alguns meses e vir desde o Porto ao Villaret para apreciar esta lufada de ar fresco.

É pena ter de vir sempre a Lisboa para ver estas coisas. O Presidente da Câmara da minha Cidade não gosta de Teatro. Pelo menos do teatro que não tem milhares de espectadores, que não lhe dê perspectivas de ter a cidade a fervilhar com gente que lá vai de propósito para ver peças e gastar dinheiro na ressaca. E depois vem com a desculpa ridícula de que apoia os espectáculos aliados à educação. Deve ser por isso que existem tantos por aqueles lados...

E agora o La Féria no Rivoli. Valha-nos alguém, porque Deus deve ser amigo do Rio.

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