Morri?

(In)Felizmente não...

Depois de muito esforço e dedicação, muito vai-vem-não volta-afinal fica, vim de vez. É pena. Trabalhava muito, não era o emprego de sonho, mas estava ocupada e a conta crescia no final do mês. Mas não há dinheiro para manter o meu posto de trabalho (dizem eles), apesar de ter sido uma das melhores funcionárias outsourcing que por lá passou (dizem eles)...

Claro que a auto-estima está em baixo, o auto-conceito levemente posto em causa, o estado emocional altamente lábil e a vontade de comunicar inexistente.
It's a world gone crazy.

Entretanto, já que estou de "férias", aproveitei e fui mesmo desanuviar a cabeça.
Apostámos em S. Pedro de Moel (ou Muel, ainda não percebi se há uma forma correcta de escrever o nome) e não nos saímos nada mal. É uma vila pequenita, pacata, sem uma única Caixa Multibanco, no meio da Mata Nacional (Pinhal de Leiria) e com uns areais grandes e bem agradáveis para uma pessoa se estender ao sol sem levar com a areia de alguém em cima nem ouvir gritos de crianças.
O mar é meio furioso (curiosamente não achei a água fria), mas como eu também não sei nadar, fiz o que faço sempre: mantenho-me pelo areal e aprecio o efeito das ondas desordenadas pelo vento, a rebentar em todas as direcções. É este o único som que se ouve, aliás (além dos esporádicos F16 que vão e voltam da Base de Monte Real)... Aaahh, o descanso...
Foi um bocadinho de paraíso que soube a muito pouco. Assim que possa, volto de certeza!

Depois de um escaldão nas costas e de me ter aventurado a descobrir as estradas e terriolas da região (como sempre), cá voltei ao meu pequeno e desinteressante mundo.

Vamos ver no que isto dá agora.

Tenho fotografias bem interessantes da viagem (só me esqueci da rotunda que não vai para lado nenhum... "we're on a roundabout to nowhere..."). Talvez as coloque online daqui a uns dias, vou só escolher as melhores e criar um álbum.

Só para não pensarem que morri. Estou é meia "desalmada", nada de mais.