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05 outubro 2008

SBSR Porto 2008

Este ano, como presente de Aniversário, recebi um passe para os dois dias do Super Bock Super Rock, aqui no Porto.
Apesar da chuva, o primeiro dia foi fantástico pela qualidade da música e pelo ambiente descontraído que se vivia no recinto.
(Ou)vimos os Crowded House a partir de uma das barraquinhas de cerveja: a chuva começava a carregar e Tachadinha molhada mais Super Bock com água não faz muito o meu género... Apesar de não ser grande fã e desconhecer a maior parte das músicas, foi um concerto agradável e consegui cantarolar 2 ou 3 clássicos.
A chuva começou a dar descanso e saltámos (ou melhor, furámos) para a frente do palco, ora lá vinha o grande David y sus Muchachos. Festarola, como já nos fomos habituando, com o David a fazer de cada canção uma interpretação única, com ou sem óculos de sol e telefones vermelhos. Durante o espectáculo a chuva carregou, o que até ajudou a dispersar o calor e transpiração provocados pelos saltos e danças e momentos de maluqueira. Além disso: como estava lá muita gente, só me molhei dos ombros para cima.
Entraram em cena os Love and Rockets, que não eram muito do nosso agrado e depressa se tornaram numa desculpa para irmos partilhar meio litro de Baked Alaska ao estaminé da Ben & Jerry's.
Logo a seguir, entram em cena os ZZ Top e dão-nos uma tareia de puro rock e solos de guitarra fabulosos.
Começámos a ver os Xutos com a Orquestra de Jazz, mas depois de 3 ou 4 músicas ainda não estávamos convencidos e, com um dia de trabalho e umas horas de saltos e rodopios no cachaço, decidimos que o melhor era pôr os pés ao caminho e ir para casa.

Segundo dia, eu faço anos e a minha mãe é internada no Santo António para uma cirurgia urgente, na tentativa de preservar o funcionamento do rim esquerdo. Depois de um dia para esquecer, fomos para o recinto na esperança de podermos ouvir alguma música (essencialmente Jamiroquai) enquanto nos mantínhamos informados acerca do estado de saúde da minha mãe pelo telefone.
Brand New Heavies foi giro porque há muito tempo não ouvia aquelas canções que entravam em tudo quanto era compilação "jovem" no início dos anos 90. O tempo foi passando, não chovia e nós íamos ouvindo os concertos enquanto percorríamos o recinto.
Jantámos ao som de Morcheeba e foi a primeira desilusão da noite: comecei a ouvi-los há relativamente pouco tempo (1-2 anos) e soam muito melhor em estúdio que ao vivo, além da voz feminina ter sido aparentemente trocada (não sigo a banda assim tão aprofundadamente) e, meus amigos e pessoas afins, it sucks.
Ora, após várias tentativas de entrar em contacto com o Hospital e de ter ficado sem saldo à espera que me passassem para o serviço ou me dessem qualquer informação, entrei em desespero e decidi que era melhor ir mesmo lá ver como estava a minha mãe (era suposto ter sido operada durante a tarde, já eram umas 9 da noite e ninguém me sabia dizer nada).
E pronto, acabei o meu dia de anos no guiché das informações das Urgências do HSA onde, depois de me dizerem que a minha mãe já tinha tido alta, que não havia ninguém no Hospital com o nome dela e outras barbaridades semelhantes, lá descobriram que, afinal, já tinha sido operada e estava no recobro.
Não me deixaram ir vê-la, mas deram-me um número de telefone para onde liguei mais tarde e, aí sim, tive mais informações e consegui falar com ela.

Cada um tem o que merece...

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