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05 outubro 2008

Finalmente: as fotos das férias

Como poderão ler uns posts mais abaixo, este Verão eu e o meu companheiro de corridas e coisas afins fomos dar um passeio, uma espécie de férias.
Como não temos pais ricos nem ganhámos o Euromilhões, o máximo que conseguimos foi 3 dias de passeio pelo Litoral Centro do país.


Assentámos arraiais em S. Pedro de Moel, local ainda mais aprazível do que qualquer fotografia ou descrição pode fazer parecer.
Fiquei com vontade de comprar uma das suas casinhas com varandas em madeira e ir para lá viver permanentemente.


Encontrámos uma Residencial acolhedora e de ambiente familiar, onde o dono nos dizia: "Se quiserem chegar depois das 11, digam-me e levam as chaves para poderem entrar, sim?"


Quem me conhece sabe que não gosto muito de praia (o meu tom de pele revela este facto). Mas aqui, fomos dar com a praia de Água de Madeiros, um largo e sossegado areal, com algumas rochas para nos abrigar do constante vento que se fazia sentir. O mar estava furioso e a espuma que se vê na foto em cima era constante e fazia com que cada ida à água nos fizesse trazer montes de areia agarrada ao corpo. No entanto a água não era muito fria (ou então sou eu que estou habituada ao mar gelado do Norte). Não tenho aqui fotos da praia, não sei muito bem porquê. Não é que me fosse deixar fotografar de bikini, mas ainda tenho de perguntar ao rapaz se há alguma coisa no telemóvel...


Ora bem, uma coisa de que gosto bastante é de faróis, e o Farol do Penedo da Saudade é um belo exemplar deste tipo de infraestruturas. Além disso, está muito bem cuidado, ao contrário de muitos dos faróis que existem na nossa costa.



E cá estamos nós, no nosso primeiro passeio de reconhecimento à beira-mar, onde apanhei o escaldão do costume.

As manhãs eram de praia, onde o sossego me deixava ouvir os sons irados das ondas do mar, enquanto me entretia com palavras cruzadas, sudoku, desenhos na areia e alguns momentos de fecha-a-pestana (é inevitável...).
O almoço era piquenicado à sombrinha numa das várias zonas de lazer da fabulosa Mata Nacional de Leiria. Enquanto esperávamos que o sol subisse um bocadinho (não quero cá cancros de pele), jogávamos às cartas e descobríamos que afinal ele não sabe contar os pontos no final do jogo...


Depois de mais umas horinhas de praia, era hora de tomar banho e ir passear, conhecer lugares novos (é para isso que gosto de viajar). A foto que aqui está em cima foi tirada junto do Farol Velho da Nazaré e mostra a lindíssima Praia do Norte, envolvida pelo pôr-do-sol e pelo nevoeiro que assentava na zona.


Não é pose, estava mesmo frio no Farol Velho, mais um exemplar lindíssimo (este já aposentado) destes ajudantes de quem navega ao longo da costa. O frio valeu a pena pela vista:


Nesta foto vê-se a praia da Nazaré e a fantástica zona à beira-mar, cheia de esplanadas, bom peixe e vida nocturna. Que melhor local para jantar?
O jantar seguinte foi na Marinha Grande, que muito sinceramente não me pareceu nada de especial. Talvez por só lá ter andado ao final da tarde, não sei. Se houver alguém que me possa indicar o contrário, aceitam-se sugestões (claro que tem as fábricas e o museu do vidro, mas à hora que lá fui já estava tudo fechado).
Antes de ir descansar, e apesar do frio que se fazia sentir, o cafézinho e passeio pelo centro de S. Pedro era obrigatório, bem acompanhado por um saquinho de pipocas acabadas de fazer na praceta ao pé da praia.

Ia chegando a hora de voltar a casa e, depois de sermos sobrevoados na praia pelos F-16 da Força Aérea, achei que era giro irmos tentar espreitá-los na base aérea de Monte Real. Não deu para ver nada... A vista da estrada para a pista é interrompida pelas casernas da base e, como é óbvio, os senhores não deixam entrar qualquer maluco...
Mas ainda bem que tomámos este caminho, porque demos com uma placa indicadora de um Restaurante que tem um nome giríssimo:


É claro que virámos nesse cruzamento (o que irritou imenso a menina do GPS) e fomos ver como era o estabelecimento que, no final de contas, tinha um aspecto muito melhor do que o nome fazia prever. No percurso de volta para a estrada principal, vimos ainda o que talvez será um dos melhores nomes para lares de 3ª idade:


Ainda bem que fica aqui o número de telefone, nunca se sabe quais serão as necessidades no que toca a Casas de Repouso.


E chegámos a Leiria pouco depois. Não conhecia a cidade e confesso que gostei muito do bocadinho que lá passei. É limpinha e organizada, tem zonas pedonais onde se passeia à vontade e vários locais de lazer em praças e jardins.


Tem também coisas antigas (como nós gostamos) e, curiosamente, uma grande quantidade de farmácias. Não andei à procura nem contei de propósito, mas no centro histórico de Leiria vi qualquer coisa como 5 ou 6 farmácias, grande parte já com alguns anos.


O mercado que visitámos, penso eu, já não cumpre hoje as suas funções iniciais. No entanto, alberga uma cinemateca que adoraríamos ter cuscuvilhado, se estivesse aberta e se tivéssemos tempo para o fazer. Talvez para a próxima.

No caminho para casa, ainda passámos por Conimbriga, local visitado por todas as turmas do 1º Ciclo deste país, excluindo, aparentemente, as nossas.


Bom, este é o jardim interior da nossa nova casa, e do lado direito, a maqueta que nos dá uma ideia de como a nossa modesta habitação ficará quando terminar a sua construção (querias!).


Sim, são amuletos com a forma que estão a ver. Pela descrição no local, as populações atribuíam-lhes o poder de atrair a fortuna e afastar os maus espíritos. São dois para levar, por favor... Ao lado direito, um objecto que o Fernando insiste tratar-se de um divertimento para crianças onde, à época, se introduzia uma moeda numa ranhura e um indivíduo que se encontrava debaixo da pedra abanava-a (à pedra) em movimentos semi-atordoantes durante cerca de dois minutos.

Infelizmente, a sinalização e placas informativas das ruínas encontram-se em remodelação pelo que, sem direito a qualquer descrição, tínhamos que ir inventando um significado para o que íamos vendo:


À esquerda, algo que se parece com um jardim interior e que deveria ter água à volta daquela zona central, que estaria coberta de plantas. O que é certo é que os pavimentos eram lindíssimos e feitos em pedrinhas pequeninas, com a paciência de um chinês.


What's with all the bottles? Seria uma tasca?


À esquerda, o quarto das crianças (com duas entradas, repare-se!). À direita, a imponente escadaria da porta da rua...


A porta utilizada para as visitas, à esquerda. Do lado direito, a belíssima e confortável sala de home cinema.
A sério, não faço ideia do que seria a maior parte das coisas que vi. O que é pena, porque estão lá certamente pedaços arquitectónicos importantes que não conseguimos decifrar porque simplesmente não temos informação. Vamos ver se fazem alguma melhoria...

E foi isto que fiz no meu Passeio de Verão (agora com imagens).
Talvez para o ano o orçamento seja menos apertado e dê para ficar mais dias, porque gostei mesmo muito.

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