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27 fevereiro 2009

7 Micróbios Que Matam

Estes fungos e bactérias não esmorecem facilmente e é a sua determinação que faz deles seres tão perigosos.

Os micróbios podem ser demasiado pequenos para serem vistos, mas não podemos deixar que o seu tamanho nos engane. Algumas bactérias e fungos são horríveis, causando mais de 100000 mortos anuais nos EUA. Para piorar as coisas, estes microrganismos tendem a sofrer mutações, tornando-se imunes às drogas e medicamentos que os cientistas criam para nos protegermos deles.

De acordo com a Infectious Diseases Society, os micróbios que se seguem são potencialmente letais e têm demonstrado a maior resistência a antibióticos e outras drogas.




Pseudomonas aeruginosa. Por raramente causar doenças em pessoas saudáveis e infectar maioritariamente indivíduos que estão já doentes ou imunocomprometidos (com o sistema imunitário enfraquecido), a P. aeruginosa é denominada um agente patogénico oportunista.
Esta bactéria perigosa e resistente a antibióticos atinge geralmente as suas vítimas através de equipamento médico, pele e comida, pelo que os doentes dos hospitais são o grupo com maior risco de infecção. E a infecção pode atacar em vários pontos do corpo, incluindo o coração, sangue, ossos e articulações, sistema nervoso central, olhos e ouvidos, tracto urinário, pulmões e pele.
Felizmente, a maior parte dos hospitais desenvolveram programas para a prevenção de infecções contraídas por doentes enquanto estão sob cuidado médico.

Klebsiella. Encontrada regularmente nos sistemas respiratório, intestinal e urogenital humanos, a Klebsiella é muito importante para o bom funcionamento intestinal. Quando viajam para fora destes territórios, as infecções são recorrentes e potencialmente letais.
De acordo com o CDC, as infecções causadas pela Klebsiella ocorrem frequentemente em pessoas imunocomprometidas e com doenças subjacentes, bem como em doentes internados em hospitais. Alguns dos mais frequentes contágios hospitalares causadas pela Klebsiella incluem infecções em suturas cirúrgicas e no sangue. Quando não tratadas a tempo, estas podem evoluir para septicemias e morte do doente. A transmissão destas infecções pode ser reduzida através de rituais de higiene cuidados e frequentes.

E. Coli. Encontrada frequentemente no intestino delgado de seres humanos e animais, a maior parte das estirpes de E. coli é inofensiva, mas outros tipos, como o O157:H7 podem levar a doenças graves, p.ex. a síndrome hemolítica urémica (cujo tratamento geralmente inclui transfusões de sangue e hemodiálise), especialmente em crianças pequenas, idosos e doentes imunocomprometidos.
Felizmente, as hipóteses de a O157:H7 ser transmitida podem ser reduzidas através da limpeza cuidadosa de frutos e vegetais, cozedura profunda de carnes e lavagem cuidadosa das mãos após utilizar a casa de banho.


Enterococcus faecium resistente à Vancomicina (ERV). As Enterococci são bactérias normalmente presentes nos intestinos humanos e no tracto genital feminino. Tipicamente não perigosas para pessoas com um sistema imunitário normal, algumas estirpes resistentes a antibióticos podem levar a infecções letais em doentes imunocomprometidos – especialmente os mais novos, os mais velhos e os mais doentes. Actualmente, os hospitais são as fontes mais comuns de infecções causadas por estas bactérias, pelo menos nos EUA.
Uma higiene cuidadosa é extremamente importante para evitar o contágio da ERV, especialmente em prestadores de cuidados de saúde. As autoridades recomendam a lavagem frequente das mãos com água e sabão, após ir à casa de banho, manipular objectos com sujidade ou preparar refeições.

Staphylococcus aureus resistente a antibióticos. São bactérias esféricas e altamente resistentes que colonizam a pele e narinas de cerca de 20 ou 30% da população mundial. Estas bactérias podem sobreviver na maior parte das superfícies durante um período considerável de tempo, especialmente em locais quentes e húmidos. O contágio dá-se normalmente através da pele e as bactérias são inofensivas até penetrarem na circulação sanguínea. Aí, podem causar infecções graves como a pneumonia, meningite ou septicemia.
O excesso de antibióticos levou ao surgimento de estirpes resistentes aos antibióticos, tais como o SARM (Staphlyococcous aureus resistente à meticilina), que pode ser tratado com vancomicina, embora recentemente tenham surgido também espécimes mais resistentes e menos afectados por esta droga. Para nos protegermos do SARM (ou MRSA na língua inglesa), que causa cerca de 19000 mortes por ano, devemos lavar as mãos frequentemente, tomar antibióticos com moderação, evitar a partilha de objectos que entrem em contacto com a pele e manter as feridas limpas e cobertas.


Aspergillus. Este fungo, que tem um papel crucial na decomposição de matéria orgânica, pode ser encontrado em qualquer lugar e, sendo assim, é inevitável entrar em contacto com ele. A maior parte destes fungos é inofensiva, mas para pessoas imunocomprometidas ou com doenças pulmonares, algumas espécies de Aspergillus podem causar aspergilose, uma série de infecções que podem ser letais.
Em cerca de 50 a 90% dos casos que envolvem aspergilose invasiva (a forma mais perigosa da doença), o resultado final é a morte do doente, especialmente se a patologia desenvolver resistência aos medicamentos e o doente sofrer de outras doenças, tais como SIDA ou cancro.
Felizmente, em 2005, cientistas britânicos conseguiram decifrar o código genético do Aspertillus, o que levou ao potencial desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.

Acinetobacter baumannii. Por ser resistente aos antibióticos e sobreviver a temperaturas e níveis de PH muito variados, estas bactérias são uma ameaça séria em hospitais, onde a possibilidade de contágio é bastante alargada.
Tal como com o Aspergillus e o SARM, a A. Baumannii é especialmente perigosa para indivíduos que já se encontram doentes. Causadora de pneumonia, meningite e infecções no sangue e feridas, a taxa de mortalidade das consequências da sua infecção pode chegar aos 75%.
As infecções por A. baumannii são normalmente tratadas com polimixinas ou imipenem, um antibiótico que conta com crises convulsivas como potenciais efeitos secundários.

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